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Do legado ao futuro: Iguazú Jungle, o primeiro hotel resort em Iguazú - Por Juan Carlos Argüello
Do legado ao futuro: Iguazú Jungle, o primeiro hotel resort em Iguazú

Do legado ao futuro: Iguazú Jungle, o primeiro hotel resort em Iguazú

Seu avô foi o último gerente do histórico Hotel Cataratas. Seu pai foi um símbolo do turismo em Iguaçu. Alejandro Arrabal mantém o legado vivo. O Iguazú Jungle, um dos primeiros lodges às margens do Rio Iguaçu, mas no meio da cidade das Cataratas, está prestes a se tornar o primeiro resort all-inclusive, uma estreia no principal destino turístico de Misiones.


O tradicional Iguazú Jungle Hotel está passando por sua maior transformação desde a inauguração: adicionará 150 quartos, serviços de spa, coworking, gastronomia, atividades náuticas e um parque aquático também acessível aos moradores locais. O projeto, em desenvolvimento há mais de uma década, é liderado por Alejandro, a terceira geração de uma família ligada ao turismo em Puerto Iguazú. O compromisso é firme: posicionar o destino com infraestrutura de primeira classe sem perder a alma das montanhas missioneiras.


Embora cercado pela cidade, ao entrar no Iguazú Jungle Hotel, você se perde. Os sons são abafados pelo som latente do riacho Ramón Ayala, em homenagem ao lendário cantor e compositor que agraciou as noites do hotel com riffs de guitarra ouvidos no coração da Tríplice Fronteira. A floresta, que cresceu graças a um plano de reflorestamento, permite que você se desconecte do ar livre. A vista para o rio adiciona o ingrediente perfeito para um sono reparador.


Arrabal lidera essa transformação silenciosa, porém profunda: transformar o tradicional Iguazú Jungle Hotel no primeiro resort all-inclusive da cidade. Este não é apenas um investimento ambicioso, mas um compromisso emocional, cultural e familiar.


“Meu avô foi o último gerente do antigo Hotel Cataratas. Ele chegou quando meu pai era criança. Meu pai cresceu em Iguaçu, eu nasci aqui e minhas filhas também. Agora somos a quarta geração”, diz Alejandro, com um misto de orgulho e convicção. Essa linhagem é a raiz do seu projeto. Seu pai era quem sonhava com um lugar diferente, e ele, que herdou não só o hotel, mas também a paixão, decidiu apostar tudo.


A história da Selva do Iguaçu não se resume a números ou metros quadrados de construção. "Aquele riacho é mágico; ele te transporta. E toda a floresta ao redor — agora estamos reflorestando-a para criar uma área verde de oito hectares", explica ele.


O projeto ambiental não é uma ideia secundária. Em colaboração com uma comunidade Guarani Mbya e o Ministério da Ecologia, foi construído um viveiro de espécies nativas que agora fornece as espécies que serão restauradas na propriedade. Esta é uma forma concreta de mitigar o impacto do projeto e, ao mesmo tempo, gerar empregos e conhecimento local.


Após quase duas décadas de crescimento gradual e projetos autogeridos — "tijolo por tijolo", como diz Alejandro — o Iguazú Jungle caminha para sua maior transformação até agora: um hotel de 150 quartos com todas as comodidades de um resort de classe mundial. Os atuais 45 quartos serão complementados por novas unidades com academia, spa, sala de jogos, espaço de coworking, salas de eventos e diversos restaurantes.


Mas a joia do projeto é seu próprio porto fluvial, que permitirá atividades aquáticas como canoagem, banana boat, jet boats de aventura e até uma pequena praia com bar. Uma segunda fase também inclui um parque aquático com toboáguas e piscinas, aberto a hóspedes e visitantes externos.


Um modelo que depende mais do coração do que do Excel


“Você faz um plano de negócios, calcula o retorno... mas se você só olha para o lado financeiro, não dá certo”, admite Alejandro. “Isso vem do coração, da fé em Iguazú.” O investimento, iniciado em 2010, após a morte de seu pai, reflete uma visão de longo prazo. “Estamos construindo há 12 anos. Hoje, temos quase 10.000 metros quadrados concluídos, mas ainda há muito a ser feito. O importante é que estamos fazendo isso sem perder a alma do lugar.”


Quando esta primeira fase estiver concluída, o resort gerará empregos diretos para mais de 200 pessoas. E se o porto recreativo e o parque aquático forem concluídos conforme o esperado, o impacto econômico será ainda maior.


Alejandro não está apenas hospedado em sua propriedade. Ele acredita que Iguaçu deve se consolidar como um destino abrangente, além das Cataratas. "Adicionar atrações satélites dá sentido ao destino", afirma. É por isso que ele também participa da Associação de Atrações Turísticas, um papel raro, mas vital, na coordenação de esforços públicos e privados.

No futuro, ele sonha com uma conexão náutica entre Iguaçu e Posadas, unindo atrações naturais e culturais através do Rio Paraná. "A província tem um potencial impressionante. Precisamos mostrar ao mundo que somos uma região com substância, com história, com folclore."


Nem tudo é simples. A situação econômica está cobrando seu preço. "Perdemos competitividade em relação a Foz do Iguaçu. O câmbio não está a nosso favor e isso se reflete nas taxas", reconhece. Mas ele está confiante de que uma maior estabilidade permitirá que o destino recupere o ritmo de crescimento que vem apresentando desde a pandemia.


"Os estrangeiros ainda representam entre 40% e 50% dos nossos visitantes, dependendo do ano. Iguaçu precisa ter sua própria força, apesar das assimetrias. E isso se consegue com produtos sólidos e de alta qualidade", afirma.


Aos 52 anos, Alejandro Arrabal está fazendo mais do que apenas construir um hotel. Ele está projetando uma visão. Uma visão que vem do avô, que amadureceu com o pai, que é consolidada pelas filhas e que é irrigada pelas águas do Riacho Ramón Ayala.


"Isso não se faz apenas com números. Se faz com história, com raízes, com amor pela terra", diz ele. E talvez essa seja a melhor definição de sua abordagem: o Iguazú Jungle não é apenas um resort. É um patrimônio vivo.


Juan Carlos Argüello

Jornalista, diretor da Economis